segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Terceiro Volume da Batsikama!

O terceiro volume de Patricio Batsikama sobre as Origens do Reino do Kongo - Consoante a Bibliografia e a Tradição Oral será lançado em Luanda no final de Novembro de 2012 no Hall do BPC, principal patrocinador da obra.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Conferência e livro de Patrício Batsîkama em Mbanza Congo


Foi realizada uma conferência em Mbanza Congo no dia 7 de Junho de 2012, na sala do Cine Comandante Bula. Na fotografia, ao centro, podem ver os sacerdotes bakongo com os coloridos casacos de tecido tradicional e do lado direito os sobas no uniforme bege. No palco, tem a palavra o escritor Patrício Batsîkama. Na primeira fila, ao centro e de costas, o patrocinador desta conferência, S.Exa. Governador Pedro Sebastião.


O livro de Patrício Batsîkama foi publicado pela Universidade Editora, Luanda 2012.

sábado, 26 de maio de 2012

Onde fica Matamba



O reino de Matamba (1631-1744) era um estado africana localizado no que é hoje a Baixa de Cassange, na província de Malange em Angola. Foi um poderoso reino que resisitiu à presença dos portugueses até aos finais do século XIX. Entre matamba e o Oceano ficava o reino Ndongo, onde nasceu a rainha Nzinga.

Jean Cuvelier

http://en.wikipedia.org/wiki/Jean_Cuvelier
Jean Cuvelier (1882–1962)[1] was a Belgian Redemptorist missionary and bishop of Matadi in Belgian Congo from the late 19th century until his death in 1962. Cuvelier was notable for his interest in the history of the Kingdom of Kongo, which he saw as a route to evangelization in his time. By stressing the Christian nature of the old kingdom, he hoped to increase the attachment of Kongo parishioners to the Catholic Church as opposed to Protestantism or traditional religions.
Cuvelier started the Kikongo language missionary newspaper Kukiele in 1928 with a mixture of missionary news, cultural articles and especially historical accounts of the old kingdom. In his articles, which initially bore the title "Lusansu" Cuvelier began writing a history of Kongo using oral traditions that he collected combined with increasingly detailed historical documentation. His inspiration appears to have come initially from reading a manuscript of one of the catechists of the mission, Mpetelo Boka, written in 1912, for Cuvelier's manuscript, "Kongo een vroeger eeuw" (Kongo in earlier centuries) written in 1926 already incorporates much of Boka's writing as well as citations from well-known 17th-century writers such as Giovanni Antonio Cavazzi da Montecuccolo.
In 1928–29, Cuvelier took advantage of his position as inspector of schools to visit mission schools all over Congo, and gathered traditions, which he collected in small school notebooks. Typically he called this notebooks "Mvila" from the Kikongo term for a clan or its heraldic motto, the common stuff of Kongo oral tradition. All of this material went into his Kukiele articles, and then into his first French language summary of Kongo history and tradition, "Traditions Congolaises" published in 1930.
In 1934 Cuvelier published the first edition of Nkutama a mvila za makanda which was a catalogue of clan mottos and histories that he had collected, including information on some 500 clans. At the same time he continue further historical work in European archives, especially in Rome.
His biography of King Afonso I entitled L'ancien Congo was published in Dutch/Flemish in 1944 as Het Oud Konigrijk Kongo, and in French 1946 and became a standard interpretation of Kongo history, especially the ethnographic and political appendices and notes that described many aspects of the old kingdoms political and economic structure. Cuvelier continued his publication of source material with a French translation of the writing of Lorenzo da Lucca in 1953, translations of crucial early documents from Roman archives in 1954 (in collaboration with Louis Jadin a canon with the Belgian Institute historique Belge de Rome, and partial translations of the works of Marcellino d'Atri, Luca da Caltanisetta and Girolamo da Montesarchio in the scientific-historical journal Ngonge Kongo in the 1960s. He also contributed many short biographies of Kongo kings and other personages to the colonial reference work Biographie Coloniale Belge in 1955.
Upon his death in 1962, Cuvelier's papers including many unpublished manuscripts, book and article drafts, transcriptions and translations of documentation relevant to Kongo history, and his precious field notebooks went to the Redemptorist archive in Leuven, Belgium, and in 2000 were transferred to the Archives of the Katholieke Universiteit Leuven.
Jean Cuvelier bibliography: Kikongo language missionary newspaper Kukiele in 1928 "Kongo een vroeger eeuw" (Kongo in earlier centuries) written in 1926 "Traditions Congolaises" published in 1930 Nkutama a mvila za makanda published in 1934 Het Oud Konigrijk Kongo published in Dutch/Flemish in 1944 L'ancien Royaume du Congo published in French in 1946 French translation of the writing of Lorenzo da Lucca in 1953 Biographie Coloniale Belge in 1955 Translations of the works of Marcellino d'Atri, Luca da Caltanisetta and Girolamo da Montesarchio in the scientific-historical journal Ngonge Kongo in the 1960
Unpublished manuscripts, book and article drafts, transcriptions and translations of documentation relevant to Kongo history, and his precious field notebooks went to the Redemptorist archive in Leuven, Belgium, and in 2000 were transferred to the Archives of the Katholieke Universiteit Leuven.
Bibliografia de Jean Cuvelier depois de 1928: Jornal missionário Kukiele em kikongo - 1928 "Kongo een vroeger eeuw" (Congo nos primeiros séculos) escrito em 1926 "Traditions Congolaises" publicado em 1930 "Nkutama a mvila za makanda" publicado em 1934 "Het Oud Konigrijk Kongo" publicado em flamengo-holandês em 1944 "L'ancien Royaume du Congo" publicado em francês em 1946 Tradução francesa dos escritos de Lorenzo da Lucca em 1953 Biografia Colonial Belga publicado em 1955 Traduções dos trabalhos de Marcellino d'Atri, Luca da Caltanisetta and Girolamo da Montesarchio no jornal científico-histórico Ngonge Kongo em 1960
Manuscritos, livros e artigos inacabados, transcrições e traduções e documentos relevantes para a História do Congo, assim como o preciosos blocos de notas do autor, foram para os Arquivos da Igreja Redemptorista em Leuven, Belgica, e em 2000 foram transferidas para os Archivos da Katholieke Universiteit Leuven.

Kongo dia Ntotila (1300-1482)

Twamona vo Bakongo bawonso ku Kongo batuka, ebosi bamwangana, bavanga tuyalu tuayngi: kansi e luyalu lusundidi um mene i luna lwa Kongo dia Ntotila.
Baseado em opúsculo traduzido do Francês num texto de R.P.J. de Munck C.S.S.R. >BR> Referências a Monseigneur Jean Cuvelier (1882-1962)
Diocese de Matadi 1971
Colecção particular de Pedro Vasconcelos, AN.A. lote 1985

Tradução e adaptação às referencias existentes em 2012:
Depois dos Ambundu, muitos outros povos bantus, parentes dos Besi Kongo estabeleceram-se nas regiões entre o Baixo-Congo (RDC) e o Zaire (AO): Os Bambata, Bampangu, Bazombo, Balemfu, etc. Os Besi Kongo vieram do país Vungu onde o chefe se chamava Nimi a Nzinga. Um dos seus filhos, Ne Lukeni , reuniu parte da juventude do seu país e atravessou o Kongo, num lugar chamado Kwango, tendo-se batido com o chefe da região Mantekeque se chamava Ne Mpangala Mbumbulu. À sua primeira cidade chamou Mbanza Nkazi. Lukeni continuou de vitória em vitória, até chegar ao planalto de Luege, a que os portugueses tinham chamado São Salvador de Angola, aí estabeleceu a cidade que viria a ser a capital do seu novo reino: Mbanza Kongo dia Ntotela. O povo Nsaku ocupava esse planalto – razão pela qual guardaram desde então certos privilégios e o título de “avós do rei congo” – “Grand-père du Roi Kongo”. Alguns dos melhores chefes do Rei Lukeni, partiram em busca de outros territórios, sendo designados pelo título Mani seguido da terra conquistada: Mani Mpemba – arredores de Mbanza Kongo; Mani Mbamba – região para lá do rio Brige; Mani Soyo – país dos Basolongo Mani Nsundi – província de Nsundi Mani Mpangu – ambas as margens do rio Inkisi Mani Mbata, do clan Nsaku submeteu-se por vontade própria a Lukeni dando-lhe uma das suas filhas em casamento. Mani Nzolo, .. Sevo, .. Bembe, .. Kina, .. Nsala, etc. Todos os povos submetidos pagavam imposto a Lukeni ou aos seus chefes: Os Bawumbu pagavam ao Mani Nsundi, os Ambundu ao Mani Mbamba. “Ne Nsundi ye nkoto andi, ne Mabamba ye nkoto andi”

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Yala-a-Nkuwu



A árvore sagrada dos Bakongo em Mbanza Congo. A conversa já em tom de despedida, com Jovelino, também conhecido por Alvarito, e o cicerone Matalulu, foi debaixo desta árvore centenária. "É a arvore das Boas-Vindas!" dizia o responsável das visitas ao museu.


Noticia da queda de um ramo desta árvore no dia 8 de Dezembro de 2011.

domingo, 29 de abril de 2012

Informadores e Contadores de Histórias

Brevemente:

Patricio Batsikama

John Thornton (after two months in the deep north, i'm back!) 

Sónia Domingos da Silva
Coordenadora do Projecto   "Mbanza Congo, cidade a desenterrar para preservar"  do Instituto Nacional do Património Cultural - Ministério da Cultura, Angola. 


Francisco Jovelino
Secretário do Núcleo de Actividades Tradicionais, foi ele que me apresentou o Sr. Afonso Mendes - Diowa Ku, actual NeKongo, que preside ao tribunal tradicional.

Matalulu Kikumbu
Cicerone do Museu dos Reis Congo em Mbanza Congo
Fez referência ao livro "O Centenário - Resenha Histórica" de Frei Rino Vézzu e Padre Francisco Ntanda. Outro livro de que tinha uma cópia era o "História do Reino do Congo" de António Setas.  


domingo, 8 de abril de 2012

As cinco estações do ano entre o Zaire e o Kwanza


As estações do ano, por vezes limitadas apenas a duas (cacimbo e chuvas) são na realidade cinco, a saber:

Mapanza – a estação da chuva que se inicia em Setembro e vai até Novembro, quando se planta a primeira colheita;

Nsatu – chuva mais abundante, que garante a germinação das sementes – Novembro a meados de Janeiro;

Ekundi -  do fim de Janeiro ao princípio de Março, quando cessa a chuva e se fazem as colheitas;

Kintumbu – meados de Março até ao fim de Abril, com mais chuvas;

Kimbangala – Cacimbo, estação seca, de Maio a Setembro .

Piet Hein ataca Luanda

Pieter Pietersen Hein (25 November 1577 – 18 June 1629) 

Almirante da armada holandesa e herói da Guerra dos Oitenta Anos entre as Províncias Unidas e a Espanha.

Em 1623, como vice-almirante da WIC (West India Company), largou para São Salvador tendo conquistado a Bahia em Junho de 1624. Menos de um ano depois, a Armada dos Vassalos reconquistava a cidade de São Salvador da Bahia, em Maio de 1625.

Separando-se do Almirante Jacob Willekens, Hein navegou para Luanda semanas depois, chegando a atacar a cidade, mas sem sucesso. 

Isto coloca-nos nas àguas entre o rio Zaire e a ilha de Luanda por volta de Junho, Julho de 1625, ou seja na época do ano que se chama em kikongo Kimbangala – Cacimbo, estação seca, de Maio a Setembro.

Até 1627 atacaria mais de trinta navios portugueses/espanhois antes de regressar às Provincias Unidas. 



Ruiters e a Tocha da Navegação

Tocha da Navegação e  a sua influencia para levar Piet Heyn até Angola.

Publicado em Vlissingen em 1623, o livro de Ruiters continha uma descrição de como chegar à África e à América baseada no livro do cosmógrafo-mor português Manoel de Figueiredo, Roteiro e Navegação das Índias Ocidentais, de 1609, bem como uma série de descrições do próprio Ruiters sobre suas viagens no Atlântico Sul. Ele navegou pela costa ocidental da África entre Senegal e Angola, e em seguida viajou ao Brasil, onde aportou, em 1617, em Sergipe. De lá, foi para o Rio de Janeiro, onde foi logo preso pelos portugueses e levado a Pernambuco, passando pela Bahia. Depois de dois anos e meio, fugiu de volta para os Países Baixos e escreveu a Tocha da Navegação, que serviu de guia para o ataque e invasão de Salvador da Bahia de Piet Heyn em 1624, da qual, aliás, o próprio Ruiters também participou (Holandeses no Brasil..., 1968:129; Behrens, 2004:52-53).

sábado, 7 de abril de 2012

Luís Mendes de Vasconcellos

Governador de Angola entre 1617 e 1621

Enfrentou e venceu o régulo de Matamba em 1618 (irmão de Nzinga ).

Outro Governador de Angola, Fernão de Sousa, esteve em guerra com a Rainha Nzinga, derrotando-a em batalha. Aprisionou-lhe duas irmãs, Cambe e Funge. Foram levadas para Luanda e baptizadas, com os nomes de Bárbara e Engrácia, tendo retornado para Matamba, em 1623.

Estas datas têm de ser confirmadas, pois em 1623 quem era Governador de Angola era Simão de Mascarenhas.


Fernão de Sousa, foi o Governador entre 1624 e 1630. 


Lista de Governadores de Angola desde o século XV ao XX.


A acção do romance será entre 1625 e 1626, tendo em conta a largada de Piet Hein da Baía em meados de 1624?  

Bárbara era Cambe
Engrácia era Funge
?Como se chamava o irmão de Ana de Sousa?


Nzinga ou Ana de Sousa


D. Ana de Sousa
Ngola Nzinga (c. 1583 — Matamba, 17 de dezembro de 1663)


Ilustração extraordinária em que se vê Nzinga sentada em cima de um escrava enquanto recebe um grupo de europeus, atrás dela uma mulher segura o ceptro real e pela janela observa-se um grupo de montanhas com uma aldeia no sopé.



Estátua em Luanda, no pedestal da estátua lê-se:

Mwene Njinga Mbande
Soberana do Ndongo e da Matamba

Existem diferentes grafias do nome da heroína; Jinga, Zinga, Nzinga ou Njinga.

Pessoalmente adoptei o modo de escrever de Monseigneur Jean Cuvelier (1882 - 1962), autor do livro La Reine Nzinga de Matamba editado em 1957 e que foi um grande estudioso da língua kikongo.

1587-1663)
Indomável e inteligente soberana (1624-1663) do povoGinga de Matamba e Angola e nascida em Cabassa, interior de Matamba, que altaneira e silenciosa conseguiu juntar vários povos na sua luta contra os invasores portugueses e resistiu até ao fim sem nunca ter sido capturada, tornando-se conhecida pela sua coragem e argúcia. Do grupo étnico Mbundu, era filha do rei dos mbundus no território Ndongo, hoje em Angola, e Matamba, Ngola Kiluanji, foi contemporânea de Zumbi dos Palmares (1655-1695), o grande herói afro-brasileiro, ambos pareceram compartilhar de um tempo e de um espaço comum de resistência: o quilombo. Enviada a Luanda pelo seu meio irmão e rei Ngola Mbandi, para negociar com os portugueses, foi recebida pelo governador geral e pediu a devolução de territórios em troca da sua conversão política ao cristianismo, recebendo o nome de D. Anna de Sousa. Depois os portugueses não respeitaram o tratado de paz, e criaram uma situação de desordem no reino de Ngola. A enérgica guerreira, diante da gravidade da situação e da hesitação de seu irmão manda envenená-lo, tomando o poder e o comando da resistência à ocupação das terras de Ngola e Matamba. Não conseguindo a paz com os portugueses em troca de seu reconhecimento como rainha de Matamba, renegou a fé católica, aliou-se aos guerreiros jagas de Oeste e fundou o modelo de resistência e de guerra que constituía o quilombo. Com sua política ardilosa, conseguiu formar uma poderosa coligação com os estados da Matamba, Ndongo, Congo, Kassanje, Dembos e Kissama, e comandou a resistência à ocupação colonial e ao tráfico de escravos no seu reino por cerca de quarenta anos, usando táticas de guerrilhas e de ataques aos fortes coloniais portugueses, incluindo pagamentos com escravos e trocas de reféns. Após a assinatura de um tratado (1656) com o governador geral, que incluiu a libertação de sua irmã Cambu, então convertida como Dona Bárbara e retida em Luanda por cerca de dez anos pelos portugueses, e sua renúncia aos territórios de Ngola, uma paz relativa voltou ao reino de Matamba até a sua morte, aos 82 anos, sendo sucedida por Cambu, continuadora da memória de sua irmã, mas já estava em curso o declínio da Coligação. Dois anos mais tarde, o Rei do Congo empenhou todas as suas forças para retomar a Ilha de Luanda, ocupada por Correia de Sá, saindo derrotado e perdendo a independência, e no início da década seguinte o Reino do Ndongo foi submetido à Coroa Portuguesa (1771). A rainha quilombola de Matamba e Angola tornou-se mítica e foi uma das mulheres e heroínas africanas cuja memória desafiou tempo, dando origem a um imaginário cultural que invadiu o folclore brasileiro com o nome de Ginga, despertou o interesse dos iluministas como no romance Zingha, reine d’Angleterre. Histoire africaine (1769), do escritor francês de Toulouse, Jean-Louis Castilhon, inspirado nos seus feitos, e foi citada no livro L'Histoire de l'Afrique, da publicação Histoire Universelle (1765-1766). Ainda hoje é reverenciada como exemplo de heroína angolana pelos modernos movimentos nacionalistas de Angola. Sua vida tem despertado um crescente interesse dos historiadores, antropólogos e outros estudiosos do período do tráfico de escravos. Sua resistência à ocupação dos portugueses do território angolano e o conseqüente tráfico de escravos, tem sido motivo de intensos estudos para a compreensão de seu momento histórico, caracterizado por sua habilidade política e espírito de liderança desta rainha africana na defesa de sua nação.

Carta de Mercator onde se vê referido Matama



Mapa com territórios da Nação Congo

Em que data? Não sei. Alguém pode ajudar a identificar até quando houve este equilibrio entre os reinos que circundam a zona central??

Arlindo Correia 2007
Site com informação útil sobre os reis do Congo!

Bibliografias

Pequena Lista Bibliográfica rápida:

CAVAZZI DE MONTECUCCOLO, Pe. João António (1622-1692). Descrição histórica dos três reinos do Congo, Matamba e Angola (2 vols.). Lisboa: Junta de Investigações do Ultramar, 1965. .

DIAS, Gastão Sousa. Heroismo e lealdade: quadros e figuras da Restauração em Angola. Lisboa: Agência Geral das Colónias, 1943. 95 p.

GONÇALVES, Domingos. Notícia Memorável da vida e acçoens da Rainha Ginga Amena, natural do Reyno de Angola. Lisboa: Oficina de Domingos Gonçalves, 1749.

MELLO, António Brandão de. Breve história da rainha Zinga Mbandi, D. Ana de Sousa. in: Boletim da Sociedade de Geografia de Lisboa, série 63, nº 3 e 4 (1945), p. 134-146.

MILLER, Joseph C., Njinga of Matamba in a New Perspective, in: Journal of African History, 16/2, 1975, pp. 201–16.

PARREIRA, Adriano. Economia e sociedade em Angola na época da rainha Jinga: século XVII. Lisboa: Editorial Estampa, 1997. 247 p. ISBN 972-33-1260-3

PARREIRA, Adriano. Dicionário Glossográfico e Toponímico da Documentação Sobre Angola - Séculos XV - XVII. Lisboa: Editorial Estampa, 1990. 248 p. ISBN 972-33-0756-1

Bibliografia de Jean Cuvelier depois de 1928:

Jornal missionário Kukiele em kikongo - 1928

"Kongo een vroeger eeuw" (Congo nos primeiros séculos) escrito em 1926

"Traditions Congolaises" publicado em 1930

"Nkutama a mvila za makanda" publicado em 1934

"Het Oud Konigrijk Kongo" publicado em flamengo-holandês em 1944

"L'ancien Royaume du Congo" publicado em francês em 1946

Tradução francesa dos escritos de Lorenzo da Lucca em 1953

Biografia Colonial Belga publicado em 1955

Traduções dos trabalhos de Marcellino d'Atri, Luca da Caltanisetta e Girolamo da Montesarchio no jornal científico-histórico Ngonge Kongo em 1960


Manuscritos, livros e artigos inacabados, transcrições e traduções e documentos relevantes para a História do Congo, assim como o preciosos blocos de notas do autor, foram para os Arquivos da Igreja Redemptorista em Leuven, Belgica, e em 2000 foram transferidas para os Archivos da Katholieke Universiteit Leuven.


Bibliografia segundo Arlindo Correia em 2007:
http://www.arlindo-correia.com/240807.html


Titre : Relatione del reame di Congo et delle circonvicine contrade , tratta dalli scritti e ragionamenti di Odoardo Lopez portoghese per Filippo Pigafetta,...
Auteur : Pigafetta, Filippo (1533-1604)
Auteur : Lopes, Duarte (1550?-16..?)
Éditeur : B. Grassi (Roma)
Date d'édition : 1591
Sujet : Kongo (Royaume) -- Descriptions et voyages -- Ouvrages avant 1800
Type : monographie imprimée
Langue : Italien
Format : [VI]-82 p. ; in-8
Format : application/pdf
Droits : domaine public
Identifiant : ark:/12148/bpt6k105751t
Source : Bibliothèque nationale de France, Rés. 4-O3o-1 (A)
Provenance : bnf.fr


Biblioteca do The Bakongo Research Institute (BRI)
 4321 N. Elm Street
 Montgomey, Georgia 2759 (kinkulu@luvila.com):
Biblioteca ACADEMICA

Referem no sítio o livro NKONGO YE KISI KONGO (O Reino do Kongo e as suas tradições) de Cordeiro Ernesto Nzakundomba, publicado em Luanda, pela Imprensa Nacional-E.P. em Dezembro de 2006

Reis da Nação Bakongo - entre 1482 e 1661

Ilustração fantasista do Mani Congo


Ntotila ne Kongo
Nzinga Nkuvu (n. ? - f. 1506 )

Em finais de 1482, quando Diogo Cão chegou ao rio Congo, reinava em Mbanza Congo, mas não se encontraram. Quatro homens da aldeia de Mpinda partiram para Portugal, de onde regressaram dois anos depois.

Na segunda viagem, em 1485, Diogo Cão vinha acompanhado dos quatro africanos que tinham aprendido português. Os navios subiram até às quedas de Yelala, na foz do rio Mpozo, afluente do rio Congo, a 180 quilómetros de Mbanza Congo, desta vez com tradutores que foram recebidos pelo Ntotila Congo Nzinga Nkuvu.

Durante a espera para se realizar a embaixada junto do rei, os homens de Diogo Cão gravaram na pedra que ali se encontra junto ao rio:

Aqy chegaram os na
vios do esclaricydo
Rey dom Joan ho se
gº de Portugall: Dº Caão
Pº Ãns Pº da Costa

Assinam: Álvaro Peres, Pedro Escobar, João de Santiago, Gonçalo Álvares, Diogo Ribeiro, João Alves, Antão.  

A embaixada foi um sucesso, trocaram presentes, receberam mais homens para serem instruidos em Portugal e os padres baptizaram Nzinga Nkuvu, com o nome de João, a rainha foi baptizada Leonro e o filho mais velho, Afonso.

D. João I do Congo estabeleceu acordos com D. João II de Portugal através desta primeira embaixada de Diogo do Cão. Em 1490, regressava nova frota portuguesa composta de três navios, à foz do Mpozo. 

Afonso, filho de Nkuvu, ficaria dez anos em Portugal. O seu irmão, Mpanza a Kitima, preparava-se para assumir o reino.

 D. Afonso I (1506 - 1542 ou 1543)Mvemba-a-Nzinga – Mvemba-ne-Lumbu

Não sei ainda de onde vem o segundo nome?
No início, lutou e venceu o seu irmão mais novo Mpanza a Kitima, que morreu na luta pelo trono.
D. Afonso I conseguiu criar um governo prospero de influencia portuguesa monogamico e católico.

D. Pedro I (1542 – 1545)
Nkanga-a-Mvemba
Não conseguiu manter a linha governativa de Afonso I, e retomou a tradição.

D. Francisco I (1545 - 1546)
Mpudi-a-Nzinga
Aparentemente não teve filhos... ou não sobreviveram até à sua morte. Sucedeu-lhe o primo.
D. Diogo I (1546 – 1561)
Nkumbi-a-Mpudi
Sem referências - se alguém tiver alguma pista por favor enviar para pedrojaimevasconcelos@gmail.com

D. Afonso II (1561-1561)Mvemba-a-Nzinga
Foi morto.

D. Bernardo I (1561-1567)Mvemba-a-Nzinga
Invasão dos Jagas – morto em combate.

D. Henrique I (1567-1568)Mvemba-a-Nzinga
Morto em combate.

D. Álvaro I (1568 – 1587)Mpangu Nimi-a-Lukeni lua Mvemba
Volta a aparecer o título Nimi a Lukeni, usado por D. João I / Nzinga-a-Nkuvu

D. Álvaro II (1587-1614)Mpangu Nimi-a-Lukeni lua Mvemba
Usou o mesmo título do pai e lutou pelo poder.

D. Bernardo II  (1614 – 1615)
Mpangu Nimi-a-Lukeni lua Mvemba
Foi morto pelos grandes do Reino.

D. Álvaro III (1615 – 1622)
Mvika-a-Mpangu Lukeni lua Mvemba
Sem referências - se alguém tiver alguma pista por favor enviar para pedrojaimevasconcelos@gmail.com

D. Pedro Afonso II (1622-1624)
Nkanga-a-Mvika lua Ntumba-a- Mvemba
Sem referências - se alguém tiver alguma pista por favor enviar para pedrojaimevasconcelos@gmail.com

D. Garcia Afonso I (1624-1626)Mvemba-a-Nkanga Ntinu
Sem referências - se alguém tiver alguma pista por favor enviar para pedrojaimevasconcelos@gmail.com

D. Ambrósio I (1626-1631)Sem nome africano
Sem referências - se alguém tiver alguma pista por favor enviar para pedrojaimevasconcelos@gmail.com

D. Álvaro IV (1631-1636)Sem nome africano
Sem referências - se alguém tiver alguma pista por favor enviar para pedrojaimevasconcelos@gmail.com

D. Álvaro V (1636)
Sem nome africano
Só 6 meses.

D. Álvaro VI (1636 – 1641)
Sem nome africano
Faleceu em 22-2-1641

D. Garcia Afonso II (1641-1661)Nkanga-a-Lukeni
Sem referências - se alguém tiver alguma pista por favor enviar para pedrojaimevasconcelos@gmail.com



Os reis bakongo têm mantido a linhagem ao longo dos anos, criei uma lista que vou tentar manter actualizada, partindo do trabalho realizado por Arlindo Correia que vai até 1910.

Outro link na Wikiepedia em ingles! 

Reis e regentes da Nação Bakongo - 1910 a 2012


Principe Nicolau durante uma visita a Portugal em 1845. 


Entre  o reinado de D. Álvaro XIII (1891-1896) e a actualidade, encontrei referencias aos regentes junto do Sr. Matalulu Kikumbu, que gentilmente me recebeu no Museu dos Reis do Congo a 16 de Abril 2012:

Regente - D. Henrique Teiéquengue (1896-1901);

Regente ou Juiz Popular D. Pedro Mbemba (1901- 1910), soba de Tuco.

No Arquivo Histórico Militar, no Museu Militar em Lisboa, encontrei esta litografia com o respectivo título: 

Rei dos Congos em 1915

Litografia do Arquivo Histórico Militar - Lisboa com a referência 
PT AHM-FE-CAVE-VC-A10  Album A10-2306_m0001

Para Matalulu esta fotografia é de D. Pedro V!

Segundo a mesma fonte, entre 1955 e 1962 reinaria Mbulo da Zamba ou Nmiala foi o último régulo instituido pelos portugueses. O sobrinho, chama-se Tony e é Ministro Provincial da Igreja Messianica. Eventualmente estando na posse de fotografias. 

Uma outra fotografia, que se encontra em diversos sítios na internet, sobre a qual ainda não tenho mais dados, é esta:
D. Pedro VII - Ntinu'a Kongo

O manto, ceptro e chapéu, assim como a coroa da rainha estão em exposição no Museu dos Reis do Congo.

Se tiver mais informações sobre a makanda - dinastia congo, por favor envie-me um e-mail para pedrojaimevasconcelos@gmail.com